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Novas paisagens, novas inspirações para a Pintura Encáustica

Sempre que saio para viajar levo minha máquina fotográfica e meu celular. Um ou outro terá de dar conta do que vejo, descubro, e se revela para mim.


Viajar não é só para descansar, mas é para me alimentar de algo novo. O mundo é surpreendente. Como dizia meu querido pai “o mundo é uma maravilha”.


Eu me maravilho, me toco, me emociono. A cada novo lugar surge sempre uma narrativa, um deslumbramento e uma vontade de transformar de poetizar por meio da pintura encáustica.


É tão interessante como isso se revela! Quando escolho uma das imagens, o lugar volta para mim. As pessoas que estavam comigo voltam a estar ao meu lado. Nossas conversas se misturam com a cera de abelha e com os pigmentos. Aquele sentimento de surpresa pela grandeza da natureza volta a invadir o meu peito e chego a ficar sem folego.


Quando meus amigos Silvye Bize e David Harrison me levaram para conhecer Utah (EUA) foi assim. Algumas vezes me via dentro de um velho filme de farwest. Ainda tenho uma quantidade enorme de imagens guardadas para futuras pinturas de encáustica.  Mas dessa viagem que fui cuidada com tanto carinho fiz a pintura ‘Mulher Vento’ a partir de uma foto que tirei de Silvye.

Mulher Vento – Pintura com Cera de Abelha

Quando fui para Block Island, uma ilha que fica na costa de Rhode Island, foi outro presente maravilhoso. Longas caminhadas no final da primavera, início do verão de 2016. Christian e Dulce Plumb me levaram para esse pequeno paraíso, com uma vista fantástica em uma casa de madeira no alto da colina. A casa só é usada no verão.  Suas janelas são pequenas e algumas estão enfeitadas com garrafas coloridas.  Foi numa dessas que me fixei e fiz uma pintura encáustica onde queria manter a transparência e o seus segredos.

Janela em Block Island – Pintura com Cera e Abelha

Ao fazer uma pintura encáustica de paisagem que senti, vivi e me deslumbrei, tudo se desvela. Como na viagem à casa de Carolina Nogueira, minha querida irmã na Chapada dos Guimarães. Fotografei a árvore Paratudo e ela entrou em mim se revelando em seus diferentes aspectos, me ensinando que a natureza entra em nós, somos nós e nos ensina a amar e a resistir de diferentes formas.

Árvore Paratudo na Chapada dos Guimarães – Em Pintura Encáustica

Na passagem do ano fui para Fazenda São Luiz da Boa Sorte em Vassouras no Estado do Rio de Janeiro. Fazenda histórica de 1835. Paisagem, casario tudo me contava histórias, sussurros dos escravizados, a conversa das mulheres subjugadas dentro da casa grande, o poder do senhor sobre a terra. Das frestas as histórias se abriam, serão trabalhadas com cera, resina e pigmento, derretidas no fogo para todos serem lembrados.

Próxima inspiração para Pintura Encáustica: Fazenda São Luiz da Boa Sorte – Vassouras /RJ

Na viagem para Guaraú, Peruíbe, uma viagem de fortalecimento e de encontros sigo sonhando com a imagem linda da família de Débora Rosa brincando nas águas da praia do Arpoador com as gaivotas voando sobre eles. Beleza de tirar o folego que um dia vai virar pintura encáustica.

Próxima inspiração para Pintura Encáustica: Praia de Guaraú

Ana Carmen Nogueira, Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie. Graduação em Artes Plásticas. Especialista em Educação Especial com aprofundamento na área de deficiência visual e Arteterapia. Desenvolve pesquisa de pintura encáustica, ministra cursos desta técnica e atua como Arteterapeuta no Ana Carmen Ateliê de Arte.

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