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Encontros em Encáusticaterapia

Esse começo de ano reformei meu ateliê depois que fizemos todas as filmagens do nosso primeiro curso online.


Mario Lamonica, diretor, cinegrafista sempre nos falava que aumentar um pouco o espaço do nosso ateliê daria para filmar bem melhor.


Para vocês entenderem, no meu ateliê eu dividia um espaço ao lado com meu marido. Nesse início de ano resolvemos juntar os dois espaços para ele ficar mais confortável e um pouco mais amplo e iluminado.


Fizemos isso porque gostamos de ter um ateliê compartilhado, tanto eu quanto meu marido adoramos ficar trabalhando e criando coisas. Nosso ateliê é um lugar de estar, de fazer e de encontros.


Cada pessoa que vem aqui no ateliê se encanta com os múltiplos olhares que o ambiente provoca. Meus alunos também já entram sabendo que aqui é um local de fazer, de arte e encontros.


São encontros de arte que ficam marcados para mim e acredito para quem vem aqui, mesmo que seja apenas uma vez. Mantenho contato carinhoso com cada uma de minhas alunas que passaram por aqui.


Tenho uma amiga do tempo do “ginásio” que vem toda semana para fazer encáusticaterapia. Sinto, e ela sempre me diz, que trabalhar com encáustica faz bem à sua alma. Posso dizer que as pessoas saem daqui com um grande sorriso no rosto e com o coração mais leve. Porque?


Por que a pintura encáustica aquece, derrete, mistura os sentimentos, as emoções, os sofrimentos, as angústias e faz surgir um novo olhar, uma certeza de que é possível fazer, transformar e criar.


Recentemente tive um lindo encontro com outra amiga do tempo do Ginásio Estadual Vocacional Oswaldo Aranha. Ginásios vocacionais, foram escolas pioneiras, nos anos 60, na rede pública de São Paulo que possuíam uma proposta educacional revolucionária por adotar a democracia como prática pedagógica. Foi uma experiência que marcou minha vida e fundou o meu caminho e me deu amizades duradouras. Dessas amizades duas amigas frequentam o ateliê. Uma como já disse, faz encáusticaterapia e a outra teve o seu primeiro contato com a pintura encáustica agora.


Para ela conseguir vir demorou uns dois anos, marcando e desmarcando. Ela mora em Campinas, é enfermeira e professora na faculdade de enfermagem. Precisou se aposentar para conseguir vir. Logo que entrou no ateliê disse que não era uma pessoa criativa. Pensei, vamos ver. Criar faz parte do ser humano.

Passamos o dia, fazendo arte.


Saiu com planos de transformar um quartinho que tem nos fundos da casa em um ateliê de encáustica e quando contei que em março o curso online já estará disponível no nosso site, disse que será a minha primeira aluna.


Então hoje já tenho duas amigas, uma dentista e outra enfermeira, que estão fazendo arte.

Venha fazer arte também.

Arte todo mundo faz desde pequeno.


Ana Carmen Nogueira, Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie. Graduação em Artes Plásticas. Especialista em Educação Especial com aprofundamento na área de deficiência visual e Arteterapia.


Desenvolve pesquisa de pintura encáustica, ministra cursos desta técnica e atua como Arteterapeuta no Ana Carmen Ateliê de Arte.


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