O projeto Fazendo Arte nasceu da necessidade de trocas sobre diferentes técnicas e maneiras de se trabalhar com arte pensando que o público que hoje atendemos não se encontra dentro de uma caixa onde todos são iguais.
É por meio das diferenças, das diversidades culturais, étnicas e biológicas que vamos aumentando o nosso conhecimento e respeitando o nosso ambiente e todos o seres vivos que nele habitam.
A diversidade cultural entendemos como sendo as diferentes culturas, como a linguagem, as tradições, a religião, os costumes, a organização familiar, a política, entre outros, que reúnem as características próprias de um grupo humano em um determinado território. A diversidade étnica é a união de vários povos numa mesma sociedade. Já a diversidade biológica ou biodiversidade é a grande variedade de organismos vivos que compreende a fauna, a flora e os micro-organismos da face da Terra.
É nesse momento tão crucial, onde acabamos de sair de uma pandemia, para entrarmos em um mundo de crises, guerras, desamores e eventos climáticos catastróficos, que precisamos parar para pensar, refletir, pesquisar e encontrar novos caminhos. Aqui, entra uma proposta de reflexão do que estamos vivendo, uma proposta para compartilharmos saberes que iremos multiplicar com nossos alunos, clientes, pacientes, na vontade de melhorar a qualidade de vida, na busca do bem-viver, não de um, mas de muitos e quem sabe todos.
Encontros com arte, porque é preciso compreender a vida.
Fazendo arte, porque nos lembra da mãe falando que se estamos quietos é porque estamos fazendo alguma arte. E que arte seria essa? Que arte se fazia quando estávamos quietos? A descoberta do formigueiro no jardim da casa? A feitura do buraco na parede para poder olhar a rua quando se estava deitado? A misturinha de comidinha com terra e maisena? O desenho na parede atrás do sofá?
Fazendo arte é o momento de descobertas, de experiências e de muitas trocas.
Fazendo Arte com Lygia Clark
Ana Carmen Nogueira
Nosso primeiro encontro será dia 16 de março das 14 às 18 horas.
Nesse encontro iremos trabalhar “junto com” a artista Lygia Clark nas descobertas dos espaços que nos rodeia. Essas descobertas serão feitas por meio das experiências e na experiência estética por meio dos sentidos. Vamos explorar materiais de arte em apoio à sensibilidade, flexibilidade. Serão investigadas diferentes respostas para os materiais e processos através da aprendizagem experiencial. Através da experiência pessoal do processo criativo e das exposições dos trabalhos, iremos descobrir imagens e linguagem simbólica a partir de duas perspectivas: do criador e do espectador. Discutiremos as suas respostas pessoais para as técnicas artísticas. Iremos explorar o impacto dos processos de arte e materiais através de participação em curso na fabricação arte pessoal. Ao fortalecer a sua conexão com o processo criativo, os alunos irão adquirir uma compreensão da linguagem simbólica pessoal, e do fazer artístico permitindo a oportunidade de integrar o conhecimento intelectual, emocional, artístico e interpessoais.
Escolhemos Lygia Clark por se tratar de uma artista concretista, a qual parte da ideia do concreto na arte para passar à subjetividade. Além disso, essa oficina se baseia no Projeto Lygia Clark para pessoas com deficiência visual que aconteceu no Projeto Acesso, ganhou o prêmio Rumos de Educação e Arte de 2008, virou dissertação de mestrado e hoje está no livro “Ateliê de Arte: experiência de vida e arte com jovens cegos”. A experiência com seus trabalhos pode dar ferramentas aos professores, arteterapeutas, arte reabilitadores e todos que trabalham com arte e saúde, para pensarem em atividades que possam atingir todos os alunos, de forma inclusiva, compreendendo “a arte como vida, a vida como arte” conceito também dessa artista.
A artista Lygia Clark era propositora de um agir sobre a obra de arte. Ela procurava um diálogo com o espectador e a absorção deste para dentro da obra. Propunha um novo modo de perceber o mundo, provocando novas inquietações. São experiências, mutações, experimentações, invenções, um movimento incessante. É o ato do participante que fará com que a obra se realize. A arte não é mais durável, ela é um processo de realização.
Nesse encontro temos como objetivo:
· Oferecer conhecimentos básicos da linguagem artística;
· Esclarecer a importância da arte como compreensão do mundo e da humanidade;
· Fomentar a criatividade, a expressão livre, investigação, sensibilidade artística e experiência lúdica;
· Apresentar possibilidades de adaptação de materiais e utilização de materiais que são usados no dia a dia das escolas e ou instituições;
· Fomentar as potencialidades de produção e expressão artísticas de todas as pessoas com ou sem deficiência;
· Demonstrar que o que torna uma pessoa “deficiente” é sua exclusão da vida social e cultural
· Compreender os usos expressivos das diferentes técnicas tradicionais e não-tradicionais da linguagem artística;
· Irão experienciar a elaboração de materiais de arte adaptada a diferentes pessoas;
· Fomentar a criatividade, a expressão livre, investigação, sensibilidade artística e experiência lúdica;
· Desenvolver a percepção, a imaginação, a emoção, a reflexão ao vivenciar e fruir produções artísticas.
Nº de participantes: 20
Valor do investimento: R$ 250,00
Material incluso e 10% de desconto no livro “Ateliê de Arte: experiência de vida e arte com jovens cegos”
Ana Carmen Nogueira
Doutora e Mestra em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2010). Artista, Arte/Educadora, Arteterapeuta. Atua em formação de educadores na área de Arte, Inclusão, Acessibilidade Cultural e Arteterapia. Graduada em Educação Artística pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP, 1981), tem Pós-graduação/especialização em Educação Especial pela Universidade Cidade de São Paulo (UNICID, 2004) e Arteterapia pelo Centro Universitário FIEO (UNIFIEO, 2007). Desenvolve trabalhos em arteterapia e pesquisa com pintura encáustica no Ana Carmen Nogueira Ateliê de Artes. Professora do curso de pós-graduação em Arte Reabilitação do Instituto Faces e Arte Reab. Tem experiência na área de Arte, com ênfase em Educação Especial, atuando principalmente nos seguintes temas: arte, deficiência visual, experiência estética, mediação cultural e ilustração tátil. Artista Associada da International American Art Therapy Association AATA. Faz parte da Associação de Arteterapia do Estado de São Paulo (AATESP) e membro do conselho editorial da Revista Científica AATESP.
Oficina Fazendo Arte com Lygia Clark
Data: 16 de março
Nº de participantes: 20
Valor do investimento: R$ 250,00
Material incluso
Fazendo Arte com o Corpo
Adriana Liza
Como o professor pode aproximar as crianças dos saberes sensíveis passando primeiro pela experiência corporal, envolvendo linguagens da arte, principalmente a da dança? Sabemos que as crianças aprendem pelo corpo e com o corpo, relacionando-se com o mundo, com os objetos, com as pessoas, pelas experiências com as brincadeiras e com tudo à sua volta.
A proposta do curso é oportunizar o educador a experimentar os saberes sensíveis, pela linguagem da dança entrelaçando-a com outras linguagens da arte.
Incorporar alguns temas de contínua dinâmica e transformação (inspirada no Sistema Laban/Bartenieff) em suas vidas de uma forma lúdica, sensível e poética, conduzindo estes saberes corporais para o espaço da escola, será uma rara oportunidade de enriquecer e alargar conhecimentos. Pois, muitas vezes, a “formação prática através do corpo”, é pouca aprendida em cursos superiores.
O Projeto Dança Criativa foi embasado nos estudos de Rudolf Laban, realizados na primeira metade do século XX, porém, adaptados e (re)apropriados para as infâncias nos tempos atuais. Este Projeto propõe uma proposta metodológica a partir de alguns elementos básicos da dinâmica visando o despertar da consciência corporal: espaço; descalçar-se; roda da conversa da dança; aquecimento e objetos propositores (LIZA, 2019).
Será que o educador está pronto para esse mergulho dentro dele mesmo? Até que ponto o educador está disposto a se permitir a ampliar seu próprio repertório de movimento?
Adriana Vilchez Magrini Liza
Mestra e Doutoranda em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; Especialista em Sistema LABAN/Bartenieff pela Faculdade Angel Vianna; Especialista em Dança e Consciência Corporal; Graduada em Pedagogia e em Ciências Biológicas; Idealizadora do Projeto Dança Criativa Adriana Liza. Professora e pesquisadora de dança para/com bebês e crianças. Atualmente trabalha como professora de dança com crianças no Lar das Crianças da CIP, em São Paulo e com a formação de professores. Pesquisa a dança na educação desde 2014.
Oficina Corpo
Data: 13 de abril
Nº de participantes: 20
Valor do investimento: R$ 250,00
Material incluso
Fazendo Arte com Retrato
Maria Filippa da Costa Jorge
O que o traçado no outro pode revelar. O desenho de observação deve ser feito com atenção, é esse seu objetivo, copiar, se ater a detalhes trazer a perfeição dos traços e linhas observados. Mas, até que ponto a cópia pode e deve ser fiel? Até que medida o meu olhar me trai?
Se enxergar no espelho e desenhar o outro, pode ser um exercício de observação, mas também um deslocar da visão, um descolonizar do olhar, já viciado no mesmo corriqueiro do dia a dia.
Retratar é um risco, pois traz à tona a minha visão do outro ou de mim mesmo.
Um rabisco pode ser uma imagem precisa para falar de vestígios, aquilo do qual podemos deduzir uma ação, uma presença um registro. A ideia de indício pode ser transferida à maneira como funciona o desenho. Quão múltiplas são as medidas do nosso olhar? A captura de imagens cotidianas pode expandir a sensibilidade na construção do olhar a procura de enquadramentos que se encontram em diferentes tempos e espaços.
Quão múltiplas são as medidas dos nossos olhares? Explorando os vários modos de ver e estar em um espaço a proposta questiona quais são os nossos critérios de escolha em capturar uma imagem do outro. Como essa escolha pode revelar quem somos e como espelhamos nossos desejos naquilo que construímos.
Conteúdo
1-Que olhar curioso é esse, que vem cheio de riscos e descobertas? Tudo pode parecer misterioso e novo, e vem agregar ao nosso olhar, no momento cruza em que com o do outro, crescendo em imensidão no espaço. Onde me enxergo no outro e quando isso ocorre? Desenhar o outro se enxergando no espelho pode ser uma experiência de atenção e descolonização do olhar. Em seguida a experiência nos convida a nos enxergar e registrar no espelho que vemos no outro.
2- Um minucioso exercício de se olhar em si próprio enxergando o outro. Quais os critérios de escolha e foco de atenção o participante usará? Escolhas e prioridades estarão presentes no jogo das imagens que se cruzam no espelho interno de cada participante.
3-A oficina propõe três exercícios que se encontram em paralelas. Mas as paralelas nunca se cruzam! Sim, pelas leis da matemática elas não se cruzam jamais, mas na imensidão do nosso olhar sim, elas se cruzam em algum momento, e se transpassam. São exercícios que percorrem os limites da poética de cada um, logo não tem fronteiras.
4- Com um espelho e uma caneta fazemos o registro do outro partindo da nossa própria imagem. Daquilo que enxergamos no espelho.
5- Qual a experiência mais difícil de fazer, o retrato do outro enxergando a si mesmo ou o autorretrato? Reflexões da experiência vivida e a busca por narrativas cruzadas. A proposta se intersecta em uma descolonização do olhar, quase um descolar de retinas, algo que se expande e se completa naquilo que vêm, no devir no outro.
Filippa Jorge
Mestre em Educação, Arte e História da Cultura, pela Universidade Mackenzie, ênfase na pesquisa sobre criança, espaço expositivo e arte contemporânea. Formação acadêmica em pedagogia. Tem experiência na área de Arte/educação, atuando principalmente em espaços culturais e instituições museológicas desde 2010. Experiência com visitas à exposições e prática de oficinas com diversos públicos, formação de educadores e processo criativo. Cursando pós-graduação na ECA, Arte e educação, teoria e prática. E faz parte do grupo Nós.
Oficina de retrato
Data: 20 de abril
Nº de participantes: 20
Valor do investimento: R$ 250,00
Material incluso
Fazendo Arte com Arte Natural
Patrícia Santos
Nesse curso vamos trabalhar com tintas de vegetais. Tintas que podem ser utilizadas por criança e adultos, livres de conservantes químicos
A Arte Natural faz conexão com a natureza através dos materiais artísticos.
No Fazendo Arte com Arte Natural, toda a formação é prática, portanto, todos os alunos são convidados a vivenciar práticas ancestrais e de resgates de saberes.
Nessa oficina vamos aprender:
· Extrair cores de cascas, flores, frutas, folhas e raízes.
· Preparo de aglutinantes.
· Uso de modificadores artesanais.
· Produção de tintas aquareláveis.
· Tintas texturizadas
Patrícia Santos
Formada em Pedagogia com especialização em Educação Infantil. Atua como professora na rede privada há 13 anos. Atelierista e Arte-Educadora, desenvolve pesquisa sobre a produção de materiais artísticos naturais e sobre a vivência com esses materiais na dimensão do ateliê, no cotidiano de pesquisa potente da criança.
Oficina de tintas naturais
Data 18 de maio
Nº de participantes: 20
Valor do investimento: R$ 250,00
Material incluso
Fazendo Arte com Encáustica
Ana Carmen Nogueira
Encáustica vem do grego “enkaustikos” que significa esquentar, queimar. A encáustica é uma técnica milenar que se desenvolveu no Egito Antigo no século 5 aC e podemos perceber seu ressurgimento entre os artistas de hoje. A Encáustica tem como matéria prima básica a cera natural de abelha e resinas, acrescida de pigmentos. Essa mistura possui uma ótima cobertura, densa e cremosa. Durante todo o seu processo utiliza-se calor.
Na pintura encáustica há muitas maneiras de utilizar materiais que encontramos em casa, na cidade, na mata e na praia sem agredir a natureza. Podem ser reutilizados, jornais, revistas, papéis, metais, pedras, areias, terra. A ideia é reutilizar, reciclar e transformar.
O Fazendo Arte com Encáustica coloca as pessoas em contato com essa técnica milenar tão instigante e prazerosa. Você não precisa ter tido contato com qualquer tipo de arte anteriormente. A encáustica é generosa, ela vai te guiar e logo você vai descobrir o seu caminho. Todos serão incentivados a aprender e experimentar com a encáustica e farão pequenas criações que os deixarão bastante orgulhosos de suas produções.
Ana Carmen Nogueira
Doutora e Mestra em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2010). Artista, Arte/Educadora, Arteterapeuta. Atua em formação de educadores na área de Arte, Inclusão, Acessibilidade Cultural e Arteterapia. Graduada em Educação Artística pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP, 1981), tem Pós-graduação/especialização em Educação Especial pela Universidade Cidade de São Paulo (UNICID, 2004) e Arteterapia pelo Centro Universitário FIEO (UNIFIEO, 2007). Desenvolve trabalhos em arteterapia e pesquisa com pintura encáustica no Ana Carmen Nogueira Ateliê de Artes. Professora do curso de pós-graduação em Arte Reabilitação do Instituto Faces e Arte Reab. Tem experiência na área de Arte, com ênfase em Educação Especial, atuando principalmente nos seguintes temas: arte, deficiência visual, experiência estética, mediação cultural e ilustração tátil. Artista Associada da International American Art Therapy Association AATA. Faz parte da Associação de Arteterapia do Estado de São Paulo (AATESP) e membro do conselho editorial da Revista Científica AATESP.
Oficina de pintura Encáustica
Data: 15 de junho
Nº de participantes: 20
Valor do investimento: R$ 250,00
Material incluso
Inscreva-se hoje mesmo! Vagas limitadas.
Mais informações: 11 99917-8097
Observações gerais:
AO FECHAR A COMPRA, SELECIONAR MÉTODO DE ENTREGA: RETIRADA. AS INFORMAÇÕES SERÃO ENVIADAS POR WHATSAPP.
O MATERIAL PARA AS OFICINAS ESTÃO INCLUSOS.
AS OFICINAS SERÃO REALIZADAS NO ESPAÇO DAS ARTES INTEGRADAS, NA RUA POMBAL, 305 - SUMARÉ - SP NOS DIAS E HORÁRIOS DESCRITOS.
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