top of page

Vamos falar de esperançar. Esperança e arte.

Cada vez que nasce um bebê de alguma pessoa próxima a mim gosto de fazer alguma coisa com arte para receber esse novo ser que chega ao nosso planeta.

Lara ganhou uma pequena aquarela. Para Alice pintei uma faixa com fadas e histórias ligadas à sua família. Helena ganhou uma parede com a menina do Banksy. Manú ofereci a lua. Bernardo as estrelas. Leonardo o mar com as tartarugas marinhas. Alessandra ganhou as nebulosas.


Gosto de fazer alguma coisa, porque enquanto estou fazendo penso naquela pessoa, converso com ela, vou criando uma conexão muito particular. Secreta, entre mim e o devir de cada uma dessas pequenas pessoas.

Me conecto com os desejos de um futuro próspero em amor e humanidade.

Tenho pouco contato com esses novos habitantes do mundo.

Mas, apesar disso, tenho responsabilidades para com essas lindas criaturas que agora me habitam.


Me habitam porque eu as convidei a entrar em meu mundo. Meu universo de criação, e enquanto estou fazendo, aquarela, encáustica ou o que quer que seja mantemos um diálogo de esperançar.


Esperançar, no sentido que nos ensinou Paulo Freire, de se levantar, ir atrás, construir, nunca desistir, se juntar aos seus amigos e amigas e fazer desse mundo um mundo melhor.


Esperançar é verbo, é ação, é ir além.

Esperançar é movimento, é não ficar parado, não se conformar.

Eu esperanço

Tu esperanças

Ele esperança

Nós esperançamos

Vós esperançais

Eles esperançam

Eu esperanço com arte.



Ana Carmen Nogueira, Mestre e Doutoranda em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie.

Graduação em Artes Plásticas. Especialista em Educação Especial com aprofundamento na área de deficiência visual e Arteterapia. Desenvolve pesquisa de pintura encáustica, ministra cursos desta técnica e atua como Arteterapeuta no Ana Carmen Ateliê de Arte.


69 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page